sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos.

Feira do Miriti é reconhecida na Assembléia



A recém promovida Feira do Artesanato do Miriti, promovida na Praça Waldemar Henrique, em Belém, dentro dos festejos em louvor à Nossa Senhora de Nazaré, recebeu votos de aplausos na Assembléia Legislativa, através de Requerimento nº 416/2009 do Deputado Italo Mácola, a seguir transcrito na íntegra:

O miriti na culinária local


Um dos estandes que mais fez sucesso na segunda versão do Miriti Fest foi o de culinária local à base do miriti, que entre outras guloseimas, incluiu frango e capivara ao molho de miriti, bolo, pudim e brigadeiro à base do fruto, licor da flor do miriti, vatapá com miriti e até jacaré ao molho de miriti.

Os pratos foram produzidos por donas-de-casa que participaram de oficinas gastronômicas na Escola Cristo Trabalhador. “As vendas estão boa, todos estão gostando”, lembrou dona Maria Santos, uma das mães que participaram da capacitação.

Lenda do Açaí


Conta a lenda que existia uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos estavam escassos, era difícil conseguir comida para toda a tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças recém nascidas seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional da tribo.

Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçá, deu à luz uma menina que também teve de ser sacrificada. Iaçá ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.

Certa noite de lua Iaçá ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.

Iaçá, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhos escuros.

Itaki então mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de acaí, em homenagem a sua filha (Iaçá invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.


Galeria


A importância comercial do Açaí

O açaí é de grande importância para a sua região de cultivo em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, principalmente os ribeirinhos. Nas condições atuais de produção e comercialização, a obtenção de dados exatos é quase impossível, devido à falta de controle nas vendas, bem como à inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida se apoia pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta. No Pará, principal produtor, o consumo de açaí, em litros, chega a ser o dobro do consumo de leite.

A mistura com água e outros ingredientes, promovida fora da região Norte do Brasil, reduzindo a participação efetiva de açaí na mistura, é devido ao alto custo que seria exportar açaí do Norte, sobretudo do [Pará], para outras regiões do país. Para se tornar economicamente viável, comerciantes passaram a misturar o açaí original, adquirido a alto custo, com outros elementos de menor valor econômico, viabilizando a venda. O detalhe é que isso gerou uma distorção na concepção de consumo da fruta: muitos brasileiros não sabem que o fruto é nativo do Norte ou que é consumido puro. Na região Norte, tanto humildes ribeirinhos (moradores tradicionais das margens dos rios) como as classes economicamente mais favorecidas dos grandes centros urbanos consomem açaí sem os artifícios comumente empregados em outras regiões do país, considerando o açaí de duas classes: o açaí integral, sem tais artifícios, e o açaí misturado, que é aquele no qual se acrescenta água para dar mais volume e muitas das vezes até amido com intuito de obter mais consistência, comercializado com frequência em todo o país.

O açaí

É um alimento muito importante na dieta dos habitantes do Pará, onde seu consumo remonta aos tempos pré-coloniais. Hoje em dia é cultivado não só na Região Amazônica, mas em diversos outros estados brasileiros, sendo introduzido no resto do mercado nacional durante os anos oitenta e noventa[carece de fontes?], com modificações no modo de consumo.

Uma tigela de açaí, consumida fora da região Norte do Brasil, repare na mistura de frutas, incomum no seu local de origem.

O açaizeiro é muito semelhante à palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.) da Mata Atlântica, diferenciando-se por crescer em touceiras de 3 a 25 estipes (troncos de palmeira) e podendo chegar até uns 25 metros[carece de fontes?]. Da palmeira, tudo se aproveita: frutos (alimento e artesanato), folhas (coberturas de casas, trançados), estipe (ripas de telhado), raízes (vermífugo), palmito (alimento e remédio anti-hemorrágico).